Jornalista Decio Sa |
Segundo o delegado Gutemberg Rêgo que investiga o caso, ele estava sentado quando um homem caminhando entrou no banheiro do estabelecimento para se certificar que era de fato o jornalista. Quando saiu, iniciou uma série de disparos contra a cabeça de Décio, que morreu na hora. Levou quatro tiros na cabeça e dois nas costas. Ele aguardava o amigo Fábio Câmara para um jantar no restaurante.
Depois de atirar, o matador saiu caminhando e fugiu em uma moto, que o aguardava do outro lado da pista. Para praticar o crime, ele não usava capacete e pôde ser visto por testemunhas.
Curiosos, amigos, jornalistas e o secretário de segurança, Aluísio Mendes, foram ao local ao saber da morte de Décio. A polícia faz diligências no momento para prender os criminosos. Segundo Aluísio, trata-se de um crime encomendado.
Corpo de Decio Sa caido no Bar |
Décio Sá se formou na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Além de O Estado, jornal que trabalha como repórter de política há quase uma década, também foi repórter de O Imparcial.
Jornalistas maranhenses estão indignados
com o crime contra o colega de profissão Décio Sá. Pelo Twitter, dezenas de
postagens condenam o atentado e pedem respeito aos profissionais de imprensa do
Maranhão.
Estou vendo agora a notícia sobre o Décio Sá e ainda não estou acreditando", disse o jornalista Clodoaldo Corrêa. "No Maranhão, se fala morre. Se cala, morre do mesmo jeito, num pântano de silêncios. Chocado com a execução do jornalista", comentou o jornalista Alex Palhano.
E mais: "Esse é um crime contra os jornalistas e contra a liberdade de expressão. Não podemos aceitar", criticou Wal Oliveira.
Outros profissionais, via Twitter, também postam mensagens indignadas. "É inaceitável, intolerável, que numa sociedade democrática haja espaço para crimes assim. No campo, na cidade, em qualquer lugar. Reação!", disse o jurista Cláudio Pavão.
O deputado estadual Rubens Júnior também comentou o crime e pediu apuração contra os culpados. "Matar jornalista é um ato de bandidagem e um atentado contra a democracia. Apuração irrestrita já".
Mário Macieira, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional no Maranhão, chamou a execução de "crime de pistolagem". "Crime de pistolagem contra jornalista, na capital do estado em pleno sec XXI?!! Inaceitável! Inconcebível! O Estado precisa responder".
Estou vendo agora a notícia sobre o Décio Sá e ainda não estou acreditando", disse o jornalista Clodoaldo Corrêa. "No Maranhão, se fala morre. Se cala, morre do mesmo jeito, num pântano de silêncios. Chocado com a execução do jornalista", comentou o jornalista Alex Palhano.
E mais: "Esse é um crime contra os jornalistas e contra a liberdade de expressão. Não podemos aceitar", criticou Wal Oliveira.
Outros profissionais, via Twitter, também postam mensagens indignadas. "É inaceitável, intolerável, que numa sociedade democrática haja espaço para crimes assim. No campo, na cidade, em qualquer lugar. Reação!", disse o jurista Cláudio Pavão.
O deputado estadual Rubens Júnior também comentou o crime e pediu apuração contra os culpados. "Matar jornalista é um ato de bandidagem e um atentado contra a democracia. Apuração irrestrita já".
Mário Macieira, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seccional no Maranhão, chamou a execução de "crime de pistolagem". "Crime de pistolagem contra jornalista, na capital do estado em pleno sec XXI?!! Inaceitável! Inconcebível! O Estado precisa responder".
O delegado Gutemberg Carvalho Rêgo afirmou que a
polícia acredita que o caso se trate de crime por encomenda.
“Acreditamos que tenha sido crime por encomenda, até pelo próprio calibre da arma, que é calibre 40, privativo da polícia. O fato de a pessoa ter agido com o apoio de outra, ter entrado até o fundo do bar, ido ao banheiro, esperado ele retornar e disparar contra a vítima seis tiros, sem dar chance dele escapar, tudo isso indica de que o crime tenha sido premeditado", afirmou o delegado do Plantão Central.
“Acreditamos que tenha sido crime por encomenda, até pelo próprio calibre da arma, que é calibre 40, privativo da polícia. O fato de a pessoa ter agido com o apoio de outra, ter entrado até o fundo do bar, ido ao banheiro, esperado ele retornar e disparar contra a vítima seis tiros, sem dar chance dele escapar, tudo isso indica de que o crime tenha sido premeditado", afirmou o delegado do Plantão Central.
Sobre o andamento
das investigações, Gutemberg disse também que o blog do qual o jornalista era
autor pode conter alguma pista. "O blog pode ser uma boa pista. Temos o
celular da vítima também. Vamos analisar tudo com calma para chegarmos aos
autores do assassinato", adiantou.
Segundo o perito
criminal, Jucy Ericeira, que realizou a perícia no corpo do jornalista no local
do crime, seis projéteis foram encontrados, sendo dois tiros nas costas e
quatro na cabeça. "Somente com o resultado da necrópsia é que teremos
certeza de todas as lesões e de quantos tiros, na verdade, atingiram o
jornalista", informou.
Fatos
De acordo com informações de testemunhas, Décio Sá teria entrado no bar e pedido caranguejo. Pouco depois, seu celular tocou e ele saiu para atender. Na volta, foi surpreendido por um homem de grande porte, que teria disparado os tiros contra a vítima. O suspeito teria corrido para o morro e passado por um grupo de pessoas, que realizava um culto evangélico, antes de sumir.
De acordo com informações de testemunhas, Décio Sá teria entrado no bar e pedido caranguejo. Pouco depois, seu celular tocou e ele saiu para atender. Na volta, foi surpreendido por um homem de grande porte, que teria disparado os tiros contra a vítima. O suspeito teria corrido para o morro e passado por um grupo de pessoas, que realizava um culto evangélico, antes de sumir.
No morro, a polícia
encontrou o carregador de uma pistola que seria compatível com os projéteis
retirados pela perícia do corpo do jornalista. O 8º Batalhão da Polícia Militar
respondeu ao chamado entre 22h15 e 22h20.
Jornalista
Décio Sá tinha 42 anos e há 17 trabalhava como jornalista na editoria de política no jornal O Estado, do Sistema Mirante de Comunicação. Era autor do Blog do Décio, um dos mais acessados do Maranhão. O velório do jornalista está acontecendo nesta terça-feira (24), na Central de Velórios da Pax União, Centro de São Luís.
Décio Sá tinha 42 anos e há 17 trabalhava como jornalista na editoria de política no jornal O Estado, do Sistema Mirante de Comunicação. Era autor do Blog do Décio, um dos mais acessados do Maranhão. O velório do jornalista está acontecendo nesta terça-feira (24), na Central de Velórios da Pax União, Centro de São Luís.
Meus Deus o que é isso? Onde chegamos?
ResponderExcluirAcordei hoje e fiquei profundamente abatido e triste ao saber da notícia da morte do jornalista Decio Sá. Parece um sonho pra mim, mas é real. Ainda não caiu a ficha pra mim que era um assíduo leitor do seu maravilhoso Blog. Ainda não acreditei, parece mentira.
O certo mesmo é que perdemos um jornalista que sempre buscou informar seus leitores com as mais diversas e melhores matérias jornalísticas do Maranhão. É muito triste saber que iremos conviver sem o Décio daqui pra frente, com certeza não vai ser a mesma coisa, suas privilegiadas informações não teremos mais.
As perguntas que ficam no ar são as seguintes: Quem será que teve interesse na morte de Décio? Será que alguém foi tão desmoralizado em alguma de suas reportagens ao ponto de mandar matar o jornalista? Quem será o mandante deste crime brutal? Será se a Segurança Pública do Maranhão terá competência e dedicação de elucidá-lo? Estas respostas com certeza virão em breve, basta o Estado ter interesse em investigar sua morte. Se descobrirem teremos muitas surpresas.
Lia todos os dias suas postagens e ainda não vi nenhuma matéria que motivasse tamanha barbárie, tamanha crueldade, tamanha brutalidade, com um ser humano que fazia apenas um jornalismo corajoso e sem medo. Parece que perdemos os valores importantes da vida com uma atitude dessas. Como pode um cidadão de bem ser morto de forma cruel e bárbara simplesmente porque exercia o direito democrático como profissional da imprensa?
O Povo do Maranhão e a sua família estão de luto, aqueles que fazem imprensa no Estado da mesma forma. Deixo aqui meu profundo pesar à família do Décio que nos deixou neste triste e fatídico dia 23 de abril de 2012. Que Deus ilumine a todos que neste momento estão profundamente abalados com sua morte.
Concordo com você, caro Emanuel. O Maranhão perdeu um grande jornalista, um homem que não calava perante a injustiça e a imoralidade que assombra o nosso Estado.
ExcluirLamentável!!!!
A presidente Dilma Rousseff aproveitou o encontro com o presidente Barack Obama para reclamar da política de "expansão monetária" dos países desenvolvidos que, segundo ela, "põe em risco" o crescimento das economias emergentes.
ResponderExcluirEm sua visita oficial à Casa Branca, Dilma disse a Obama que a "desvalorização das moedas dos países desenvolvidos" provoca um desequilíbrio cambial. À primeira vista, pareceria possível que Obama ficasse com pena das economias emergentes. Contudo, se ele ouvisse falar do custo Brasil, ficaria espantado.
Mas por que o Brasil custa tão caro? Para responder a esta pergunta, passamos, inevitavelmente, pela carga tributária (IPI, ICMS, ISS, Cide, IOF, Cofins etc.).
No Brasil, quase metade do valor de um carro (40%) vai para o governo em forma de tributos. Enquanto no resto do mundo é regra ter um único imposto para o consumo, aqui são pelo menos seis.
A confusão gera cobrança de impostos em cascata. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é um imposto estadual, por exemplo, incide sobre o Cofins, o PIS e o IPI. Ou seja: pagamos imposto sobre imposto e tudo fica mais caro.
Outro fator que afeta o custo dos produtos brasileiros é a ineficiência nacional em diversas áreas, como infraestrutura e administração (a velha e boa burocracia). Esse atraso é chamado de custo Brasil e pode sobrecarregar em até 36% o preço do produto brasileiro em relação ao que é fabricado na Alemanha e nos Estados Unidos, por exemplo.
Se não bastasse tudo isso, ainda convivemos com um das taxas de juros mais altas do mundo.
Somado à valorização do real em relação ao dólar, o custo Brasil ajuda a explicar por que um país que está cada vez mais rico como o nosso exporta cada vez mais produtos primários e semimanufaturados e importa produtos de maior valor agregado e de tecnologia avançada.
Temos ainda outros fatores que fazem do Brasil um lugar hostil para se produzir: falta de investimento em educação, corrupção, Estado inchado e custo da energia elétrica - a conta de luz brasileira é mais cara que nos Estados Unidos e em outros países.
Se ouvisse tudo isso, o presidente Obama daria os ombros para a presidente Dilma.