Uma recente decisão
do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promete causar muita confusão durante o
processo eleitoral de 2012. Ao proibir a candidatura de políticos com contas de
campanhas reprovadas por meio de uma resolução, a corte eleitoral pode interferir
diretamente no resultado dos pleitos municipais em outubro. A projeção nos
partidos é que aproximadamente 28 mil pessoas sejam atingidas pela medida.
Em 1º de março, por
quatro votos a três, o TSE decidiu que candidatos com contas de campanha
reprovadas estão inelegíveis. Na legislação eleitoral, uma das condições para
concorrer a uma eleição é a apresentação das contas. No entanto, os ministros
da corte eleitoral aumentaram a exigência. Para a corrente majoritária, é
preciso que a contabilidade esteja correta e tenha sido aprovada. Caso
contrário, o registro de candidatura não será concedido.
A resolução define
ainda as regras para a arrecadação e os gastos de recursos por partidos
políticos, candidatos e comitês financeiros, bem como para prestação de contas
da utilização desses valores. “O candidato que foi negligente e não observou os
ditames legais não pode ter o mesmo tratamento daquele zeloso que cumpriu com
seus deveres. Assim, a aprovação das contas não pode ter a mesma conseqüência
da desaprovação”, disse a ministra do TSE Nancy Andrighi, que conduziu o voto
vencedor.
QUITAÇÃO ELEITORAL
A resolução do TSE prevê que, sem a conta ser aprovada, o candidato não tem como receber o certificado de quitação eleitoral, documento fundamental para a obtenção do registro de candidatura. O tempo do impedimento, no entanto, não foi fixado. Os ministros decidiram deixar em aberto, analisando caso a caso. Ou seja, se os problemas forem resolvidos, o candidato pode ficar elegível novamente.
A resolução do TSE prevê que, sem a conta ser aprovada, o candidato não tem como receber o certificado de quitação eleitoral, documento fundamental para a obtenção do registro de candidatura. O tempo do impedimento, no entanto, não foi fixado. Os ministros decidiram deixar em aberto, analisando caso a caso. Ou seja, se os problemas forem resolvidos, o candidato pode ficar elegível novamente.
A partir da decisão
do TSE, iniciou-se uma mobilização de políticos e partidos na tentativa de
reverter a postura da corte eleitoral. Em 8 de março, o deputado Reginaldo
Lopes (PT-MG) apresentou uma consulta questionando a aplicação da regra segundo
a qual a certidão de quitação eleitoral e, conseqüentemente, o registro de
candidatura, só será obtido com a aprovação das contas de campanha.
Em 14 de março, os
presidentes e representantes de 18 partidos políticos assinaram uma moção
pedindo para o TSE reconsiderar a resolução. O documento foi assinado após uma
reunião no Senado na qual estiveram 13 presidentes de partidos e cinco
representantes, inclusive os de partidos de oposição como Democratas, PSDB e
PPS. (Fonte: Congresso em Foco)
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui: